quinta-feira, 11 de julho de 2013

#39 | Barbolandia - A Fuga do Herdeiro




Número de páginas: 80 | Autor: Bruno Melo
Editora: Barbohouse | Ano: 2012 | Gênero: Aventura/ Literatura Infanto-Juvenil | 1ª Edição | Ilustrações: Rhodrigo Maia


SINOPSE

Amizade, aventura e desafio. Estes são alguns dos temas que permeiam “A Fuga do Herdeiro”, primeiro livro da Barbohouse. Do escritor Bruno Melo, o livro conta a história de como a ilha de Barbolandia foi descoberta por cinco amigos: três piratas loucos por aventura, um mordomo sábio e justo e o herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo, mas que despreza a família e a riqueza. Filho de uma das famílias mais ricas e respeitadas da Terra, a Dinastia Day, Ryan percebe que aquele mundo não é seu. “Ele se recusa a seguir as regras da família”, explica Bruno. Tanta rebeldia leva o garoto a abandonar a mansão dos Day e a viver uma longa e perigosa aventura. “Para ele, o único jeito para não ter de assumir o lugar do pai e se tornar parte daquele mundo mesquinho e supérfluo era fugindo”, conta. Durante a viagem, Ryan perde todos os seus bens – algumas poucas roupas, biscoitos e o dinheiro guardado de suas mesadas -, tem de enfrentar bandidos e um enorme tornado, que ameaça lhe tirar a vida. “Apesar de tudo isto, ele encontra aqueles que serão seus melhores amigos para a vida toda”, revela Bruno. O final desta história você pode conferir em “A Fuga do Herdeiro”.

RESENHA


O livro chegou em minhas mãos de uma maneira bem mais carinhosa do que por um simples pacote via correios. Como moramos na mesma cidade o próprio Bruno veio trazer em casa, e ainda veio com uma embalagem toda decorada com desenhos da Barbolandia. Como eu sou fanático por papeis, guardei a embalagem hehehehe.



Barbolandia - A Fuga do Herdeiro foi lido em uma tarde e uma viagem de ida e volta de ônibus. E acredite, o livro me prendeu tanto que nem olhar pela janela - que eu amo fazer - eu consegui. 

"Escrever um livro é complicado. Mas publicá-lo e fazê-lo chegar até você envolve muito mais trabalho."  (Ao leitor - Página 12)
  
Nas primeiras páginas, o autor reserva um espaço para conversar com o leitor. Ele fala sobre como é trabalhoso publicar um livro, fala sobre a Barbolandia e diz uma frase que eu levarei para minha vida toda "Para um livro ser bom não precisa ser extenso ou curto, e sim interessante." 

A Dinastia Day é uma família muito rica e respeitada no mundo, ela é dona de vários empreendimentos grandiosos e seus descendentes são pessoas importantes. Mas nem tudo são flores... a família está passando por tempos difíceis de crise, o Sr. Augustos Day ainda não conseguiu ter a ideia certa para tirar a família do buraco... por isso, todos depositam suas esperanças o herdeiro da Dinastia, o jovem Ryan Day.

Porém... quem disse que ele quer isso pra vida? Ryan é muito jovem e quer viver uma vida de alguém jovem, e não carregar o fardo de ser um herdeiro. Pra falar a verdade... nem um Day ele gosta de ser.

E os Day também não são as melhores pessoas do mundo, quem foi que disse que os ricos são simplórios e humildes? O ego forte, e o sentimento de "exclusividade" acaba com qualquer rico. O que os Day impõem tem que ser AQUILO! Se um empregado não pole direito os talheres, respira ou quebra uma taça ele é imediatamente posto na rua.

Durante um jantar importante com investidores, Ryan mais de uma vez se sente enjoado de estar ali. Então vai para o seu quarto sofrer em silêncio agarrado ao bichinho de pelúcia. Até que ele tem uma brilhante ideia...

"Como os Day estavam ocupados demais com os convidados, seria tarde demais quando descobrissem que o sucessor deles, por acaso, só por acaso, havia desaparecido para sempre." (A fuga - Página: 20) 

Ryan pega seus poucos pertences uma ferrari, três trilhões de dolares e três kinder ovos; tira uma foto no Instagram com a tag #partiu e foge. Mas sua fuga não foi tão simples assim, a mansão Day era 24h vigiada por seguranças, logo ele teve que se vestir de empregado (nojo) para poder zarpar da mansão.

Com medo de ser perseguido ele corre gritando "EU SOU LIVREEE" até não poder mais. Estar longe da mansão dos Day era um alívio para o coração. Cansado ele descansa em um canto da rua escura e, descobre que está no cais na cidade. O estomago dá aquela roncada e, ele resolve pegar um sanduíche de file mion com passas. Contudo... hoje em dia não se pode nem comer mais em paz, um gato aparece pedindo um pedaço e ele dá gentilmente para o bichano esfomeado, depois de dar a comida ao gato UM DEDO LHE CUTUCA (e ele cutuca de volta) ele se assusta porque é um MENDIGO (pobreza pega, sai dati) como Ryan nunca viu um mendigo na vida ele se assusta, ele aperta a mão do mendigo (WHAT?) e quando vai lhe dar o sanduíche... como num passe de mágica surge vários mendigos (Aí já é demais né!) pedindo pão com feijão, Ryan corre feito diabo da cruz... ele coloca alguns pães no toco onde se amarra os barcos (vejam como ele é um cara daora) e pula em um outro barco afim de se esconder. Os mendigos ainda estavam correndo atrás dele quando eles veem... O PÃO! O PÃAAAAAAO! 

"Os mendigos descobriram o pacote que Ryan lhes deixara, e, felizes, repartiram o pão entre eles, Ryan sentiu pena e também vergonha por ter sentido medo." (Os três piratas - Página 27)

Ryan fica de butuca observando os mendigos degustarem o pão (ele nem deu a manteiga para os mendigos ¬¬) e então uma súbita vontade de dormir o derruba. E ele fica dormindo dentro do barco desconhecido, louco né?

Para mim a melhor parte do livro é este capítulo, Os Três Piratas. :D
Ryan tem um sonho super normal, nele ele estava voando e gritando "ARRE". Normal! Ele é acordado com uma coisa lhe espetando, quando ele se vira para ver o que é, dá de cara com um baixinho de bigodes... O CAPITÃO BARBA - que não tem barba. Ba tum tss.

O capitão com uma espada apontada para Ryan o chama de clandestino e manda pegarem a mochila dele. Os outros dois capangas, o Chinesinho, um oriental de olhos puxados; e o Lagartixa um ruivo branco pegam a mochila dele e SEM QUERER QUERENDO, jogam na água. 

Aí... inicia-se várias aventuras e reviravoltas envolvendo UM MORDOMO INGLÊS, GANGSTERS, UM TORNADO FURIOSO e... A grande ideia do Sr. Day... hmmmmm.

Ficou curioso? Então o que tá fazendo aí? Vai ler o livro!!!




O livro é muito cativante, a narrativa do Bruno é muito gostosa e possibilita a leitura de várias páginas sem perceber, é um livro curtinho e super aconselhável para pré-adolescentes que estão começando na leitura. Os personagens são bem descritos e suas atitudes são dignas de gargalhada - eu ri dentro do ônibus, me julguem. Esse livro em especifico fala sobre como surgiu a ILHA DE BARBOLANDIA, é como se fosse uma preparação de território para finalmente contar a história. O único defeito é que o livro não é longo, você termina ele querendo mais e mais! Porém, não é um defeito que vá pesar na nota. 

A diagramação está bem legal, as letras grandes e o espaçamento nos parágrafos deixam a leitura com mais agilidade. Também encontramos ilustrações a cada começo de capítulo, as mesmas estão impecáveis! Até fiz uma comparação com as ilustrações de Desventuras em Série. 

O livro DOIS, já esta em processo de escrita, se chama "Barbolandia - O Sistema Dia", em conversa com o Bruno, deu pra sacar que a história vai ser MUITO BOA. Então adquira logo seu "A Fuga do Herdeiro" e prepare-se para fortes emoções.


Barbolandia me prendeu, me fez rir e foi uma HONRA conhecer o trabalho do Bruno que já virou meu amigão. Que ele como autor nacional e paraense, consiga seu destaque e consiga o seu lugar que merece. Só não esquece dos amigos quando ficar famoso. É com grande honra eu dou 5 ESTRELAS.

"Pode ser que, às vezes, não tenhamos o controle de tudo. Mas podemos fazer pequenos ajustes para tornar a vida um pouco melhor". (A grande ideia do Sr. Day - Página 73)






O AUTOR


     Bruno Carvalho de Melo Rodrigues é o fundador da Barbohouse e criador de Barbolandia.     É publicitário formado pela Universidade Federal do Pará, em 2010, e atualmente divide seu tempo como empresário/autor e como gerente de Marketing.
    Em 2009, Bruno Rodrigues ganhou o selo “Imagina Só!”, ao vencer o Prêmio Secult de Literatura Infanto-juvenil, realizado com apoio do Governo do Estado do Pará. A obra vencedora foi “Os Cinco Amigos e o Segredo da Coisa”, escrito ainda no ano de 2008.
     O sonho do empresário se realizou no ano de 2011, quando em 14 de setembro, dia de seu aniversário, fundou formalmente a Barbohouse, empresa cujo objetivo é publicar e divulgar anualmente um livro da série Barbolandia, país fictício criado por ele.


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Resenhado por Vínicius Teixeira
Abraços, e até a próxima.

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